A cooperação igualmente está presente no cotidiano da família Lando, na Linha Brasil, interior de Cotiporã. Na propriedade, é cultivada uva orgânica em 1,5 hectare de terra e a colheita deve render 30 mil quilos da fruta na safra 2020/2021. Em outra área, a família planta cenoura, tomate, beterraba, repolho, vagem, pepino, abobrinha, beringela, pimentão e banana. Também orgânico.
Toda a produção já tem destino definido. A uva é entregue na Cooperativa Monte Vêneto, de Cotiporã, especializada no processamento da fruta para suco. Os demais produtos são comercializados em feiras ecológicas da região. A família entende a importância da atuação coletiva e, por isso, também integra a Associação Eco Vêneto e a Rede Ecovida, que é a certificadora da produção orgânica da propriedade.
“Se tivesse mais produtos, venderia tudo”, analisa o agricultor Valdecir Lando.
Na propriedade, Valdecir e a mulher, Nádia, se dedicam para oferecer alimentos saudáveis e de boa qualidade. Estudante da EFASERRA, o filho Lucas, observa atentamente todos os processos de cultivo.
“Identifico-me com a produção sem agrotóxicos. É caminho para o sucesso”, prevê o jovem.
O aprendizado de Lucas na Escola inclui visitas técnicas e oficinas de formação organizadas dentro do projeto Juventudes e saberes – Alternância que constrói. Essas atividades também auxiliam o jovem e sua família com aprimoramentos de técnicas. Ao visitar a propriedade da família Zanotto, em Ipê, por exemplo, o estudante pôde visualizar a completa viabilidade de manejos orgânicos e agroflorestais, conhecer sobre agroindustrialização de erva-mate, além de possibilitar a construção do pensamento de que tais manejos estão diretamente ligados com a agricultura familiar.
A transição da agricultura convencional para a orgânica na propriedade dos Lando começou em 2018. Mas, antes disso, por cerca de 10 anos, a família procurou utilizar poucos insumos químicos sintéticos. Em maio de 2020, a família já tinha em mãos o certificado que autoriza a comercialização dos hortifrutigranjeiros orgânicos. Foi por meio de sistema coletivo que a família e a comunidade se organizaram. A criação da Associação Eco Monte, em 2012, auxiliou o processo de reconhecimento da produção orgânica de Lando e de outros agricultores da região. A entidade reúne sete famílias, todas certificadas e aptas para a venda de ecológicos.
Para cultivar orgânicos é necessário conhecimento e mudança no comportamento. Nos parreirais, por exemplo, o cuidado começa antes da poda.
“Tem que acompanhar todo o ciclo da planta e detectar as deficiências com antecedência para poder prevenir e não deixar a praga chegar”, explica Valdecir.
Ele nunca gostou do cheiro dos inseticidas. Lucas também não. “É só sentir o odor que já passo mal”, conta o jovem. Com isso, o pai expressa ao filho um desejo: “Gostaria que meu filho desse sequência ao trabalho que está sendo desenvolvido aqui na propriedade e produzir de forma responsável para não prejudicar o consumidor e a natureza”.
Conteúdo produzido para publicação do projeto Juventudes e Saberes: Alternância que constrói, idealizado pela EFASERRA e viabilizado por meio do Termo de Colaboração FPE Nº 2564/2019, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).
QUEM FAZ NOSSA
HISTÓRIA

Egressos da EFASERRA

Família do estudante Guilherme Bampi
Caxias do Sul

Família da estudante Cristiane Palmeira Daros
São Francisco de Paula

Família do estudante Gabriel Lorenzon
Carlos Barbosa

Família do estudante João Marcelo Costa
Protásio Alves

Família da estudante Kertlin Haas
Brochier

Estudantes Melquíades e Matheus De Bastiani
Nova Roma do Sul

Família do estudantes Alan Siviero Peruzzo
Cotiporã

Família da estudante Isadora Bolson Camêlo
Vila Oliva - Caxias do Sul

Família dos estudantes Dioni e Ione Castanha
Protásio Alves
